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  • ABECE prevê aumento de 10% nas exportações brasileiras em 2012

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    2.1.2012

    Entidade que representa empresas exportadoras e importadoras prevê corrente comercial superior a US$ 450 bilhões no primeiro semestre do ano

    Dezembro de 2011 - As exportações brasileiras devem crescer cerca de 10% em 2012, chegando a US$ 280 bilhões. O ritmo deverá ser menor que o alcançado neste ano, quando a expansão até novembro ficou em 29%, no total de US$ 234 bilhões.

    Essa é a perspectiva da Associação Brasileira de Empresas de Comércio Exterior (Abece), que representa as maiores trading companies do Brasil e estima que 2011 se encerrem com um total de US$ 254 bilhões em vendas externas. Na avaliação da Abece, a crise internacional, que afeta com força a Europa, terá um efeito menor no Brasil do que no resto do mundo.

    As importações também devem crescer em 2012, mas abaixo dos 25% de incremento verificados até novembro-que somaram US$ 208 bilhões. Esses números levam a Abece a prever que, já no primeiro semestre de 2012, a corrente de comércio exterior - a soma de exportações e importações - supere, pela primeira vez na história, os US$ 500 bilhões.

    A diversificação do destino das exportações garante, conforme a Abece, o crescimento das vendas externas no próximo ano. Além disso, o país hoje não é mais dependente de um só tipo de produto e há uma divisão entre os básicos e industrializados.

    "Estimamos o crescimento da ordem de 10%, tendo em vista que, de modo geral, não deverão ocorrer aumentos nas cotações internacionais", afirma Ivan Ramalho, presidente da Abece e ex-secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Segundo Ramalho, "os produtos industrializados deverão registrar redução no seu crescimento, já que a crise externa provocará excesso de oferta de diferentes produtos, principalmente manufaturados".

    Haverá também, na opinião do presidente da Abece, redução de preços de semimanufaturados cotados em bolsas internacionais. A entidade espera que as importações continuem vinculadas ao processo produtivo. O crescimento das compras externas deve ocorrer por conta da expansão industrial. "As importações vão contribuir de forma decisiva para que a indústria seja competitiva", diz Ramalho.

    Destaques

    A Abece fez também um levantamento detalhado dos produtos manufaturados que contribuíram decisivamente para o crescimento das exportações em 2011, apesar de um ano difícil, agravado pela sobrevalorização do real pelo menos até setembro.

    Houve expansão expressiva nas vendas externas de autopeças(+16,5%), motores para veículos (28,1%), polímeros plásticos (+40,7%), veículos de carga (31,3%) e máquinas para terraplanagem (+61,4%). "Estes destaques mostram a grande importância do setor automotivo no comércio exterior brasileiro", afirma Ramalho.

    Foi expressivo ainda o crescimento de alguns produtos semimanufaturados tradicionais da pauta brasileira, dentre os quais ferro e aço (+83,3%), óleo de soja (+54,3%) e ferro fundido (+89,4%). O crescimento das exportações para a China (+43,7%) e para os Estados Unidos (+35,6%), os dois maiores parceiros comerciais brasileiros, contribuiu para os bons resultados.

    Portal Abece

    A Abece lançou a nova versão de seu portal na internet, no endereço www.abece.org.br, que tem a proposta de ser um importante canal de relacionamento entre os associados e todos os interessados em temas relacionados ao comércio internacional brasileiro.

    No site é possível encontrar informações sobre a atuação da Abece, que existe desde 1975 e sempre teve importante contribuição para o constante desenvolvimento do comércio internacional brasileiro.

    O portal traz informações atualizadas sobre comércio exterior veiculadas pela mídia e também atos legais relacionados, além de estatísticas, análises, agenda de cursos e links de interesse.