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  • Protecionismo pode prejudicar a indústria

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    14.12.2011

    Gustavo Machado
     

    São Paulo - Muitas das medidas aplicadas pelo governo contra práticas desleais no comércio internacional são válidas; no entanto, podem causar prejuízos para o consumidor e principalmente para a indústria. A avaliação é de Ivan Ramalho, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Comércio Exterior (Abece). A tentativa de proteger os produtores nacionais dos estrangeiros se intensificou no primeiro ano do governo de Dilma Rousseff.

    Ramalho, que é ex-secretário do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), afirma que os estudos realizados pelo Departamento de Defesa Comercial (Decom) são criteriosos e são um direito do Brasil. Outras deliberações do governo, porém, podem ser compreendidas como protecionistas. O especialista afirma que a maior parte das importações envolve compra de máquinas pela indústria, que precisa desta movimentação para poder sobreviver. "Cerca de 83% das importações brasileiras são destinadas à produção de bens de capital e de consumo", afirma Ramalho.

    Neste ano, o governo federal conseguiu aprovar a Medida Provisória 540, a qual promoveu o aumento e a aceleração dos processos investigativos de dumping e outras ações que lesam a concorrência - essa prática desleal é comprovada depois de ser constatada a venda internacional por preço inferior ao comercializado no mercado interno.

    Em 2011, doze aplicações de direito contra dumping foram promulgadas; em cinco delas a origem dos produtos era chinesa. Objetos de vidro, malhas de viscose e garrafas térmicas são alguns dos produtos desse país asiático encarecidos compulsoriamente ao entrar no Brasil.

    O Mdic analisa mais 13 pedidos de investigação contra alguns produtos, cinco dos quais são importados da China, como recipientes de aço, ácido cítrico, laminados planos e talheres.

    Fonte Internet: DCI, 13/12/11